Na praia
A lua banha-me com sua sólida solidão,
o vento acalenta dando alento, consolo.
Ruge o mar um lamento, diz que profundos amores
não morrem, tornam-se em profundos ódios e dores.
Conto estrelas pra lembrar de esquecer
que só falta você
pra não me faltar mais nada,
mas falta-me tudo.
Aluí com esse amor que é minha força e covardia
e meu pesar cintila, sem alegria, na areia do cais.
Corro parado como se não fosse ser feliz jamais.
A noite impede-me de te ver numa distancia desmedida.
Quero que saibas, querida, que não és razão do meu viver,
és já toda minha vida.