quando a dor se torna física e as lutas são perdidas

a obviedade humana
saudade daquele sentimento
vontade de se levantar
neste lugar você está
segura
e nenhuma fumaça irá
te contaminar
a obviedade humana
é mais fácil ofender
do que procurar entender
suas músicas favoritas
foram todas esquecidas
com o passar do tempo
a obviedade humana
não conseguirá hoje
ontem nós conversamos
sobre o que te faz sorrir
sobre o que te faz chorar
sobre poemas e metáforas
existentes em nossas vidas
caminhe
caminhe
caminhe
vá em direção à sua cor,
sinta o abraço de alguém
que te ame
mas não o procure
ande por três dias
ande por quarenta
anos
seja descoberto
na última noite
a obviedade humana
presente em suas questões
a imoralidade se entorpece
de línguas sem paladar
o coração ainda está batendo
pegue meu copo
segure meu cigarro
o coração ainda está batendo
somos suicidas escondidos
entre as percussões da orquestra
o coração ainda está batendo
mãos se movem na loucura
pós-moderna que a lua
representa
somos suicidas escondidos
fora do amor
fora da realidade
nos cantos bêbados
nos subúrbios esquecidos
devolva-me meu drinque
pode me chamar de burguês
quando eu disser que o amor paterno
existe; quando eu disser que o amor
materno
não é exagero
a ficção está presa em quem vê
a obviedade humana
auto-enganação é o primeiro passo,
esqueça o que lhe foi ensinado
atire nos homens que estão te destruindo
somos suicidas escondidos
inerte ao movimento da massa
procure a pergunta e apague a resposta
continue na dança
e faça-se uma nova pessoa.
Cleber Junior
Enviado por Cleber Junior em 16/08/2018
Reeditado em 16/08/2018
Código do texto: T6420874
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