Chuva quente. Sol frio
Estava perdido subliminarmente,
Transformei a verdade em uma mentira doente,
Deixei de ser um questionador por me tornar um desistente,
A verdadeira forma de um romancista delinquente,
Os raios de sol se transformaram em tempo chuvoso,
Aquecendo-me com seu frio que penetrava até o osso,
Meu porto se tornava um castelo rochoso,
Alagando-se por um temporal maravilhosamente choroso,
Estou me afogando para o fundo do mar,
Quero me embebedar nessas curvas marítimas até desmaiar,
Me leve até o fundo para a escuridão molhada me carregar,
Nunca pensei que uma simples água me faria voltar a realmente gostar,
Me inclua em seu destino, vamos juntos, deixe-me embebedar,
Hoje é um marco histórico para minha criação,
Me confundo entre benção ou maldição,
Sei que não tenho direito de fazer tal menção,
Esse é o mar mais doce que faz-me bater o coração,
Seu ritmo é silencioso,
Diga-me o que lhe é precioso,
Não sou um navegador raivoso,
Quero que me afogue em seu lábio maravilhoso,
Quero que essa navegação chegue a seu ponto final,
Que a mensagem da garrafa seja sentimental,
Tornando-se um vínculo essencial,
Entre esse sobrevivente e o calmo temporal,
Perdoe-me sol, mas nuvens sorridentes me cativaram,
Suas ondulações de cabelos me prenderam e me amarram,
Perco-me em sentimentos que se desgastaram,
Não me odeie mas essas águas me aprisionaram.