UM SIMPLES OLHAR
Tarde fria de inverno, chovia
num café, sentei-me à mesa,
pessoas conversavam entre si,
entra alguém, que me chama atenção
seu perfume espalha-se no ar,
todos se voltam em sua direção,
meus olhos fixam, sem desgrudar!
Aquele momento que o vi,
sorridente no salão, não mais esqueci,
paixão me queima o peito,
invade meu ser sem jeito
Desejo amar e ser amada
terei tamanha sorte,
antes da malvada morte?
o amor que nasceu em um café,
reencontro em uma avenida qualquer.
De uma coisa tenho certeza, que naquela igreja,
hei de adentrar e professar a minha fé,
em nome do amor, daquele olhar no café,
que excitou o adormecido em mim, sem peleja
das ricas emoções despontou,
fez renascer das cinzas o que fora se jogou.
Neide Rodrigues, poetisa potiguar em 14/08/2018
Revisado em 01/12/2020