Bala de hortelã

Minha última de amor, é sempre o primeiro

Poema rimando sem dor, é carta e carteiro

Presente fora de época, novembro, e abril

Páginas perfumadas deixando o corpo febril

Linhas de uma saudade, cidade sem passos

Teus sonhos, tuas vontades, rimas que faço

Te prendo aqui; no poema livre, te deixo ir

E caminhar por tantas ruas, e se puder, vir

Arrume essas vírgulas e as palavras ralas

Cala minha voz, com o doce hortelã da bala

E fala que sou seu primeiro amor, por certo

Ando batendo inquieta em teu peito; aperto.