O Jardim de Yasmin
Caminhava eu pelos meus pensamentos
Buscando alaúdes, incensos de carmim
Mera reflexão para exalar o que dentro de meu alto crepúsculo gritava.
Passeava-se pelos calabouços de minha interiorização
Sem êxodo em meu trajeto parei a pensar no que me fazia feliz.
Lembrei-me de você...
Mulher de toques sutis Perola perdida em um oceano
Dona de meus versos e senhora do meu coração
Princesa de meus contos personagem de minhas miragens
Sorriso de meus lábios condutora dos meus braços.
A felicidade me convidou para um banquete
O jardim de Yasmin abrigava as raras orquídeas
Delongava o seu perfume celestial em curtos passos adentrei seu palácio
Degustei dos deliciosos beijos que a imperatriz me servia
Libido insaciável que me serve de pulsões de vida
Calda de sereia que me seduz ao fundo do mar
Prisão de sentimentos que atormenta meu existencial
Jardim de Yasmin que magnetismo tem que prende
Emplastro meu coração para não adoecer deste feitiço conjugal que o calor de teu jardim me queimou com tua febre.
A grama molhada de teu corpo me faz suspirar
Teu sopro suave são sonetos aos meus ouvidos
Teus cabelos graciosos são cachoeiras cristalinas
Que faço então agora que estou preso em tua terra
Anátema está fantasia que assombra meus pensamentos
Resta-me orvalho como companheiro, pois você me deixou só
Restam as orquídeas silvestres como piastra, pois teu troco foi muito pouco
Mais mesmo assim ó Yasmin ainda que ilusão fosse
Perder-me-ia outras vezes em teu jardim.