O Jardim de Yasmin

Caminhava eu pelos meus pensamentos

Buscando alaúdes, incensos de carmim

Mera reflexão para exalar o que dentro de meu alto crepúsculo gritava.

Passeava-se pelos calabouços de minha interiorização

Sem êxodo em meu trajeto parei a pensar no que me fazia feliz.

Lembrei-me de você...

Mulher de toques sutis Perola perdida em um oceano

Dona de meus versos e senhora do meu coração

Princesa de meus contos personagem de minhas miragens

Sorriso de meus lábios condutora dos meus braços.

A felicidade me convidou para um banquete

O jardim de Yasmin abrigava as raras orquídeas

Delongava o seu perfume celestial em curtos passos adentrei seu palácio

Degustei dos deliciosos beijos que a imperatriz me servia

Libido insaciável que me serve de pulsões de vida

Calda de sereia que me seduz ao fundo do mar

Prisão de sentimentos que atormenta meu existencial

Jardim de Yasmin que magnetismo tem que prende

Emplastro meu coração para não adoecer deste feitiço conjugal que o calor de teu jardim me queimou com tua febre.

A grama molhada de teu corpo me faz suspirar

Teu sopro suave são sonetos aos meus ouvidos

Teus cabelos graciosos são cachoeiras cristalinas

Que faço então agora que estou preso em tua terra

Anátema está fantasia que assombra meus pensamentos

Resta-me orvalho como companheiro, pois você me deixou só

Restam as orquídeas silvestres como piastra, pois teu troco foi muito pouco

Mais mesmo assim ó Yasmin ainda que ilusão fosse

Perder-me-ia outras vezes em teu jardim.

guido campos
Enviado por guido campos em 06/09/2007
Reeditado em 04/12/2010
Código do texto: T641616
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