XVI - Rainha de Sabá - Ethos de uma Alma Invertida

Destes olhos negros como

Outros jamais vi, lanças

Encantos que ludibriam

Qualquer Salomão e Davi.

Nesta cara de inocente

Ninfa, ocultas a astúcia

Da rastejante Serpente

E sua boca delicada

Destila veneno para

Um só ou para uma manada.

Usas esta coroa na

Cabeça não pelo poder

Do direito divino

Mas porque, bruxa que

És, transformou em

Homem o menino.

Criatura conhecedora

Da luz e das sombras,

Fendeu meu coração que

Palpita uma ritmada canção:

Ódio, amor, ódio, amor...