Sou tua escrava, meu Senhor!

Sou tua escrava e docemente te saúdo.

Nos meus versos eu te canto, com o fervor de uma prece.

Ofereço-te o tapete mais caro, que um ser ao outro oferece.

É meu corpo, minha pele alva de veludo e meus loiros cabelos, enfim tudo!

Vem meu senhor! Minhas mãos estendidas suplicam os teus abraços.

Quero cuidar de ti, com o maior zelo, aliviando tuas angústias e tédio.

Quero desamarrar de forma branda todos os laços.

Que te prendem nos desencontros da vida e oferecer-me como teu remédio.

Deixa-me ofertar-te todos os mistérios e caminhos do meu regaço.

Beijar-te às mãos, o rosto, o corpo, como o verso mais sublime já feito.

Estaremos tão próximos, unindo nossas almas em um íntimo abraço.

Fecha-me os olhos meu senhor! Com o frescor do teu beijo tão perfeito!

E a teus pés, esperarei calmamente, desnudada de qualquer lembrança.

O momento é teu, já conheces os meus caminhos e minha ansiedade,

Vem meu senhor! Quero ser a tua mulher, tua escrava, tua criança.

E juntos, onde poucos já foram, faremos uma viagem para eternidade.