Poetisa Profana

Poetisa eu sou, inspirada nos fulgores da vida.

Fiz versos para quem chegava empunhando punhais.

Cortando minhas doces rimas com a alma fria coberta de metais.

Fiz versos para quem partia arrastando, mendigo de amor!

Via as imagens da vida retratada nas minhas rimas com fervor.

È o que tenho para deixar de legado, quando o último suspiro tiver chegado.

Fiz versos com a mão sangrando e a alma doente,

Eram clamores de um ser de amor carente.

Mesmo insana nunca fui uma poetisa profana.

Quando descrevi meu amor, com sonhos irreais.

Nunca usei contra ti, palavras que fossem desleais.

Sou uma poetisa com alma de gente, que te amou perdidamente.