EU NÃO PRESTO

Despertei o seu mal

Das profundezas da sua inocência.

Esqueci da sua idade

E te trouxe de volta a adolescência.

Toda a ânsia dos dias mais novos,

Vieram a tona nesses anos mais velhos.

Perdoe-me por te causar este mal,

Pois eu sei, muito bem, que eu não presto!

A criança escondida em você,

Eu fiz ela sugir, fiz ela chorar,

Eu a fiz se assustar

Com o monstro sentimental

Escondido em mim, pronto para atacar!

Eu usei a luxúria como dote

Para poder o teu coração comprar,

E aprendi que sentimentos assim,

Não há preço que se possa pagar.

Os versos que fiz para você,

Pode devolvê-los para eu guardar?

Só para me lembrar,

Que quando amar,

Eu aprenda a me conter.

Todo o mundo completo que me deu,

Agora não passa de mortais restos.

Mas me perdoe, por favor!

Admito, meu amor,

Que eu não presto.