ENTRE MÃOS ( De mão para mão)
Essa presença constante,
Aqui do lado, dia e noite, extensão de minha vida
da carne ao espírito errante.
Segue além do dedo médio,
onde do corpo acaba o tédio
Dos braços, em sua extremidade.
É fio que amarra o desenlace
Da mágica em um passe
de outra vida a felicidade
em que se prende
E que se rende.
É prisão
Docemente escolhida,
Decidida,
Acolhida,
E bem doada, como quem dá o pão.
Em sua mão a minha palma, (resquícios de minh'alma)
É dela o dourado do anel
Que lhe coloquei no dedo anelar.
Elo carregado de esperança,
Círculo infinito da aliança
O verde a faiscar.
Daquele dia primeiro
A nos unir desde a festa
do sonho ao realizado,
Até o suspiro derradeiro
Há um fato bem casado.
Das minhas mãos às suas,
O sonho verdejante
Já virou tantas luas,
Unindo-nos eternamente.
Dalva Molina Mansano.