Aviso aos navegados
Tua ausência me preenche
Noite dia
Noite agonia
Vejo-te barco afastando
Sumindo de meu apogeu
Quem sou eu?
Remo partido
Coração navegado
Alma içada
Velas ao vento
Ao relento,
em meu entardecer,
faço de conta que não é comigo
água no umbigo
faz-me padecer
Ondas me enjoam
Gaivotas me assistem
Navego às cegas
Dou conta de horizontes a me rodear
Assim que me esqueço
Te lembro e grito:
Sou homem ao mar!