Nossa Amálgama
Amálgama
Como em um silêncio barulhento
Ela, menina-mulher, me apareceu murmurando carinho com os olhos
Na cadência de meu coraçao, entregue como vontade de criança
A amálgama de nosso encanto
A fusão de almas-irmãs, num conforto de ninar
"O tempo é como um rio" ouvi de Bethânia e vi o balançar leve no cabelo da menina
Descendo a estrada de terra, firme em sua bicicleta, pedalando no vento.
Menina-mulher, me chame com ânsia;
e eu, mortal imatura, entrego o corpo e alma à sua vontade.
Se banha, nena. No mar, no rio, em mim. Esfregue o musgo em seu rosto, me engula no seu próprio me busca, me use de pedra.
Guardo o retrato em minha memória
Seu corpo nu, sentada, vela, desenhando suas fantasias, cabelo bem posto e o saltitar do meu coraçao, sambando no meu peito
Num compasso largo, lento, sereno e exageradamente apaixonado...