Nossa Amálgama

Amálgama

Como em um silêncio barulhento

Ela, menina-mulher, me apareceu murmurando carinho com os olhos

Na cadência de meu coraçao, entregue como vontade de criança

A amálgama de nosso encanto

A fusão de almas-irmãs, num conforto de ninar

"O tempo é como um rio" ouvi de Bethânia e vi o balançar leve no cabelo da menina

Descendo a estrada de terra, firme em sua bicicleta, pedalando no vento.

Menina-mulher, me chame com ânsia;

e eu, mortal imatura, entrego o corpo e alma à sua vontade.

Se banha, nena. No mar, no rio, em mim. Esfregue o musgo em seu rosto, me engula no seu próprio me busca, me use de pedra.

Guardo o retrato em minha memória

Seu corpo nu, sentada, vela, desenhando suas fantasias, cabelo bem posto e o saltitar do meu coraçao, sambando no meu peito

Num compasso largo, lento, sereno e exageradamente apaixonado...

Gabi Batoni
Enviado por Gabi Batoni em 01/08/2018
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