caboclo
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CABOCLO
A madrugada desponta
E o gorjear lhe desperta
O caboclo se levanta
Ligeiro e sem preguiça
Abre a janela contente
E a natureza o revela
Beleza tam vislumbrante
Do solo o que a mão espera
Machado foice ou enxada
Cada qual tem seu valor
Riquezas crescem nas terras
Nas mãos do trabalhador
O dia se vai ao longe
E a labuta colhe os frutos
Que são doces e aprazíveis
No compasso da cantoria
A tarde o sol se põe
O pé na estrada retorna
Na janela vesse ao longe
A cabocla a sua espera
O sorriso é radiante
Um abraço em meu suor
Que a bica leva ao remanso
O leito quebra a rotina
E o sono trás o descanso.