RUMO À INCERTEZA
Tu és a minha aventura
aonde rumo insegura
caminhando sobre brasas...
Não sei se és anjo ou carne
se me angelize ou incarne
se vá com pés ou com asas
Angustiante incerteza!
Não sei se és cama ou mesa
se és corpo inteiro ou só mão...
Se és paraíso ou inferno
ou se em ambos me interno
perdida sem remissão
Só sei que és minha aventura
meu oásis de ternura
num deserto de castigo...
Sobre nuvens ou calhaus
rumando aos céus ou ao caos
só sei que nela prossigo!
(In Antologia “Terra Lusíada”–ed.Abrali - S.Paulo, Brasil – Julho 2005)