RUMO À INCERTEZA

Tu és a minha aventura

aonde rumo insegura

caminhando sobre brasas...

Não sei se és anjo ou carne

se me angelize ou incarne

se vá com pés ou com asas

Angustiante incerteza!

Não sei se és cama ou mesa

se és corpo inteiro ou só mão...

Se és paraíso ou inferno

ou se em ambos me interno

perdida sem remissão

Só sei que és minha aventura

meu oásis de ternura

num deserto de castigo...

Sobre nuvens ou calhaus

rumando aos céus ou ao caos

só sei que nela prossigo!

(In Antologia “Terra Lusíada”–ed.Abrali - S.Paulo, Brasil – Julho 2005)

Carmo Vasconcelos
Enviado por Carmo Vasconcelos em 26/10/2005
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