CERVIZ
Beija-me tão profundo
que minh'alma se entregue,
perdida, ao mundo
e meu corpo ainda que
santo, se perca nas ruas
liberadas da libertinagem!
Não te aproximes tanto
assim de mim, mas
beija-me os sonhos que
por ti rogam como
a um santo no altar
perdido da ilusão, assim!
Dobra-me a cerviz
à tua vontade e eu te
serei a serva no amor
fecundo de todo este
pequeno mundo!
Eugênia L.Gaio