O menino da Bola

Não lembro bem o dia que o conheci

Mas lógico que como todas as pessoas maravilhosas

Essa também não mereci

E entre uma noite e umas conversas tinhosas

Invadi a sua estação batendo um bolão.

Pela a primeira vez na vida destruir uma coração

Não me orgulho disso, é uma sensação horrível

Entre as minhas emoções e confusões fiquei perdida num vel

De medos e histórias engraçadas

Sete meses de sete vidas e sete eternidades

No começo era tudo lindo

Confesso que fui com calma

Mas com o tempo eu fui ebulindo

Eu não era aquela moça sem alma

Aos poucos fui apresentando minha vida

Aos poucos mesmo pois sabia dos últimos finais

Aos poucos ele foi pisando em algumas feridas

Aos poucos os fins de semanas eram sozinhos, eram sinais

No final a culpa foi minha

Eu nunca vou ser uma linha retilínea

Eu voltei a estudar e ficou difícil conciliar

As noites enclaras a namorar virtualmente

E uma mente debalmente perturbada

Ele foi desistindo

Eu fui desistindo

Ele hoje vem insistindo

Mas eu prefiro o proteger dessa vez

Era uma vez

O meu menino da bola

Era uma vez

A menina poetisa

De espinhos afiados e beleza de estranheza

Vai, segue meu menino sigo orando por ti

Pois amar sei que não ia conseguir

Para: Ayslan Feitosa

BranquelaAquarela
Enviado por BranquelaAquarela em 29/07/2018
Reeditado em 29/07/2018
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