O menino da Bola
Não lembro bem o dia que o conheci
Mas lógico que como todas as pessoas maravilhosas
Essa também não mereci
E entre uma noite e umas conversas tinhosas
Invadi a sua estação batendo um bolão.
Pela a primeira vez na vida destruir uma coração
Não me orgulho disso, é uma sensação horrível
Entre as minhas emoções e confusões fiquei perdida num vel
De medos e histórias engraçadas
Sete meses de sete vidas e sete eternidades
No começo era tudo lindo
Confesso que fui com calma
Mas com o tempo eu fui ebulindo
Eu não era aquela moça sem alma
Aos poucos fui apresentando minha vida
Aos poucos mesmo pois sabia dos últimos finais
Aos poucos ele foi pisando em algumas feridas
Aos poucos os fins de semanas eram sozinhos, eram sinais
No final a culpa foi minha
Eu nunca vou ser uma linha retilínea
Eu voltei a estudar e ficou difícil conciliar
As noites enclaras a namorar virtualmente
E uma mente debalmente perturbada
Ele foi desistindo
Eu fui desistindo
Ele hoje vem insistindo
Mas eu prefiro o proteger dessa vez
Era uma vez
O meu menino da bola
Era uma vez
A menina poetisa
De espinhos afiados e beleza de estranheza
Vai, segue meu menino sigo orando por ti
Pois amar sei que não ia conseguir
Para: Ayslan Feitosa