Véu noturno...

Sim, sou eu nesse véu noturno

procurando você... sem plumo...

Numa euforia alucinante sem poder

concentrar-me, harmonizar-me...

Sem definição, num caminho, sem direção.

Eu fora das linhas convergentes.

Num mundo a parte fora de mim, de ti...

Quando esse véu irá se abrir?...

E o sol irá fluir rasgando nuvens escuras,

deixando o seu amor me cobrir...

Quando seus beijos solverão os meus desejos,

deixando-te embriagada de amor e paixão...

Quando teus abraços poderão apertar-me,

de encontro ao seu peito, ao teu coração...

Quando poderei te ver, brilhando nua e linda,

vestida apenas de ternura, de carinho e amor...

Quando por fim, esse véu irá se rasgar...

Cláudio Domingos Borges