Se eu te lavrasse agora com essas mãos terrunhas
   de já te saber o gesto agudo e o corpo à pino
   Se eu ondulasse na cintura de tuas marés bravias,
   e dançasse e cantasse na abrasadura das espumas
   Se eu escalasse, palmo a palmo, a pele radiosa da alma,
   com o coração à garganta, a desprender o sal, tanta seda infundida,
   suando e raiando à lágrima doce da intimidade
   [ Se eu te soprasse quente as imagens graves dos gemidos
   e os serenos da morte mais antiga ]
   Ahhh...
   Se eu te amasse sem reservas de vinhas e fumos,
   com a língua doce e o sexo luciferino, quem seríamos nós agora ?






 
Se tu me amasse agora, seria como a união do céu com o mar
Como se pudesse pintar o amor
Tudo azul
Se tu me amasse agora
as lavas de um vulcão seriam como espumas das ondas do mar profundo, a marolar por sobre nós
Se tu me amasse agora
Ah ...Como distinguiria a pele, a excitação, o tesão, o gozo...
Tudo seria prazer, só prazer
Poderíamos ser rei e rainha, imperador e imperatriz, seríamos quase deuses, quase tudo
Se tu me amasse agora
não se poderia medir o tanto de amor, o tanto de maravilhoso e o tanto de felicidade
Se tu me amasse agora
a cada estalo de um beijo a terra estremeceria, provocaria risos de alegrias 
e eu viraria poeta só para fazer poemas desse sonho.
(Dito)
 


 


Grata pela interação, meu amigo ! Adorei !!! 




DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 25/07/2018
Reeditado em 13/08/2018
Código do texto: T6399908
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