Vontade
Queria não te amar
Mas amo descontroladamente
E parece não cessar
Me destrói
E a alma corrói
Tentar me calar
Fraquejo, caio, fico sem ar
Te expulso do meu ser
Mas insiste em permanecer
Ah! que desgraça aguçada
Que tsunami audaz
Não te quero mais
Mas te quero apressada
Te detesto
E te amo
Ah! que confusão tu causa em mim
Fica longe e não me deixe assim
Venha pra dentro do abraço
Mas suma que não te aprecio
Ah! meu querido e dócil
Amado fiel e infiel amado
Tu que me deixou aqui
E eu que te deixei ir
Miseráveis e idiotas
Amantes da mesma horta
Cultivadores de amor
E de rancor
Ah! pobre vida
certamente incerta
Em ti encontrava abrigo
Agora encontro perigo
Perigo de me perder no teu olhar
E de não aguentar
E me render
E perecer
Nesse amor imaculado
Tão despedaçado...
Continuo na vontade de me perder em teu
corpo e deixar lá