LUZ ARTIFICIAL...
Consegui desvencilhar-me de uma
severa obscuridade igual àquelas que
costumam ser produzidas antes
de qualquer vendaval.
Foi difícil caminhar entre ela por
me encontrar totalmente cego,
sofri várias quedas e me vi
preso em deslizamento de terras...
Ouvi enxurradas deflorando a mata por
onde passava as águas enfurecidas
da mesma forma como faz a ventania quando
defloram o roseiral...
Em meio as envolventes consequências
senti medo também dos visíveis vultos
fantasmagóricos que me cercaram da mesma
forma como fizeram os maus intencionados...
O período dos terríveis pesadelos cessou,
e ao levantar-me de onde estive deixei as
marcas indeléveis de minhas lágrimas para
viver na luz verdadeira, esquecendo-me da luz artificial