Um clichê a ti, minha bela!

Minha amada flor,

O que tem reservado para mim?

Seria apenas esse ardor

Sem motivo e sem fim?

Pegou-me despreparado,

Mas não me lamento desse fardo:

De te ver tão distante,

Como uma estrela cintilante.

Seu brilho, sua luz, só têm me machucado.

Mas ao mesmo tempo,

Minha bela, tem me mantido tão vivo:

Ao despertar esse adormecido sentimento

Você tem feito de mim um homem rico.

A dor que me fornece

É a fonte para este poema que lhe dedico.

Veja, sua magnitude faz-me triste,

Como a criança que sonha em tocar o céu:

Ela vê que ela é pequena, logo chora e desiste.

Meu bem, por ser tão magnifica, só posso tirar meu chapéu.

Porque o seu amor realmente é um grandioso troféu...

Honrado aquele que lhe divide o coração!

Honrada colmeia que fabricou tal doce mel!

Minha bela, você é o meu céu.

Seu olhar é traiçoeiro:

Cobre-me no sonho e me abandona na realidade.

Seu sorriso é zombeteiro:

Ele me descongela, me vulnerabiliza,

E isso é um abuso, minha majestade!

Logo, minha amada flor,

O que, por fim, reserva a mim?

Vai ficar implicando nessa doce dor,

Deixando-me esfomeado, assim?

Vinicius Salles
Enviado por Vinicius Salles em 20/07/2018
Código do texto: T6394914
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