Um clichê a ti, minha bela!
Minha amada flor,
O que tem reservado para mim?
Seria apenas esse ardor
Sem motivo e sem fim?
Pegou-me despreparado,
Mas não me lamento desse fardo:
De te ver tão distante,
Como uma estrela cintilante.
Seu brilho, sua luz, só têm me machucado.
Mas ao mesmo tempo,
Minha bela, tem me mantido tão vivo:
Ao despertar esse adormecido sentimento
Você tem feito de mim um homem rico.
A dor que me fornece
É a fonte para este poema que lhe dedico.
Veja, sua magnitude faz-me triste,
Como a criança que sonha em tocar o céu:
Ela vê que ela é pequena, logo chora e desiste.
Meu bem, por ser tão magnifica, só posso tirar meu chapéu.
Porque o seu amor realmente é um grandioso troféu...
Honrado aquele que lhe divide o coração!
Honrada colmeia que fabricou tal doce mel!
Minha bela, você é o meu céu.
Seu olhar é traiçoeiro:
Cobre-me no sonho e me abandona na realidade.
Seu sorriso é zombeteiro:
Ele me descongela, me vulnerabiliza,
E isso é um abuso, minha majestade!
Logo, minha amada flor,
O que, por fim, reserva a mim?
Vai ficar implicando nessa doce dor,
Deixando-me esfomeado, assim?