Iremos?

Donde vens tu

por essa rua amarga

que de bom

nada te abraça

como se andasses fugindo do teu ninho?

Há ali perto uma boca.

Nela, palavras afoitas

ansiosas gritam e choram.

Aonde vais

que não me levam os teus passos

já que é minha essa estrada

onde passas?

É bom, me leva...

mesmo que andemos juntos, léguas...

sem chegar a lugar nenhum.