Só um Anjo

Meu anjo não vive no céu tão pouco é caído,

Não tem asas nem chifre,

Não é o capricho,

Ou o sonhado marido.

É o meu anjo todo desajeitado,

Que briga, discute e atormenta;

E nas horas que me encontro todo apavorada,

É esse meu anjo que me acalenta.

Cheio de falhas, de pecado a existir,

Magoa, perdoa saber curar e ferir;

Mas é o meu anjo, meu socorro imediato,

Assim, que o amo, entre bons e maus tratos.

Meu anjo em minha mente entoa,

de ninar, risadas e infinitas canções;

Lembrança que sempre ecoa,

A união de dois corações.

Meu anjo não voa, se não for pelo sangue da vinha

Flutua e sonha e toca das nuvens, seu algodão

Mas nunca me deixara no solo sozinha

Flutuo junto em sua ilusão

Não tem a beleza do Olimpos,

Tão pouco a ciência filosófica

Não vive vida de Elísios Campos

Tão pouco examinando a vida em semiótica

É simplesmente um anjo mor

Com qualidades e defeitos

Vive a vida do seu singular jeito

Alimentando a vida em Alfajor.

Paulo Sergio Barbosa
Enviado por Paulo Sergio Barbosa em 17/07/2018
Reeditado em 17/07/2018
Código do texto: T6392671
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