Ternura
Ter você por consentir e não por qualquer amargura
Sempre te fazer sorrir não importa a conjuntura
Se na rima conseguir ter maior conjectura
Se no afeto prosseguir e ignorar toda fissura
Escrever o que sentir sem pensar literatura
Ler na forma que convir, independente da cultura
Te mostrar que posso ser de tua essência a moldura
E fazer compreender um gesto nobre de loucura
Quando parecer desdém incompreensível em postura
E quando amanhecer estranha e perceber que é só ternura
Eu te faço outro poema que propõe pra tudo a cura
E se achar que ficou pobre esse escrito em desventura
Te proponho, enquanto terna, faça uma releitura.