No ano que vem
As horas se arrastam
Os dias são séculos
O ano é eterno
E tu não vens
Tuas mãos como flores
Abanam ainda
Sorrindo disseste:
No ano que vem
Perdura o perfume
No frasco esquecido
Como única prova
Que existe de alguém
O tédio é mortal
Pesada a ausência
Sorrindo disseste:
No ano que vem.
Meu medo angustioso
É a quase certeza
Que talvez não Exista
Um ano que vem