No ano que vem

As horas se arrastam

Os dias são séculos

O ano é eterno

E tu não vens

Tuas mãos como flores

Abanam ainda

Sorrindo disseste:

No ano que vem

Perdura o perfume

No frasco esquecido

Como única prova

Que existe de alguém

O tédio é mortal

Pesada a ausência

Sorrindo disseste:

No ano que vem.

Meu medo angustioso

É a quase certeza

Que talvez não Exista

Um ano que vem

Vinícius Lena
Enviado por Vinícius Lena em 04/09/2007
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