PRIMEIRO ATO...
E depois de um dilatado silêncio
se deu o inevitável destruição
de tudo o que existia entre nós.
O que julgávamos como sendo coisas
incontidas do amor passaram a ser
consideradas loucuras de dois...
Entendemos ser insensatez as
palavras de amor, e as intensas
madrugadas e suas estrelas
bobagens passageiras.
Enquadramos os nossos sonhos em
um conjunto de imagens extravagantes
a ponto de perguntarmos quem é você
quem sou eu...
O nosso ninho onde nos abrigamos
de tantas intempéries resiste ao tempo e
de lá, só se ouve palavras fantasmagóricas.
Pra dizer que nada sobrou, os nossos
fragmentos perambulam por aí como
vaga sem sentido, o nosso afeto iludido...
Desligaram-se os holofotes existentes
em nosso palco, o drama chamado de
sentimento terminou depois do primeiro ato.