O POETA É COM ÁGUA
Muitas vezes, o poeta melancólico, também sorri,
Noutras, embora sorridente possa está;
Mas o seu coração,
Não pára de sangrar.
E, se o poeta fosse extremamente feliz
E se esquecesse de rimar?
Se extremamente triste fosse,
E esquecesse como é bom amar?
Por isso, o poeta é como a água,
Que se molda à temperatura do ambiente;
E, muitas vezes está feliz em meio as multidões,
Já noutras, só, está sufocado, em meio a tanta gente.
Se o poeta é como a água,
Às vezes se move lento;
Mas putrefaz-se,
Se abandonado ao relento.
É o liquido do café,
Das bebidas o solvente;
Nas montanhas, a geleira,
Mas do amor, é apenas a semente.