Sempre você
Elas surgiram de repente
Não havia espaço para elas
Então atrevidas, deslizaram para o canto dos olhos.
O sol que batia por sobre as ondas
Acrescentou-lhes brilhos e cores vivas
Nem o vento que suave balançava as folhas dos sombreiros
Impediu as suas vertiginosas carreiras.
Corriam céleres uma após as outras.
O cenário era de estonteante beleza.
Mar azul, sol se pondo, banhistas se retirando,
Barcos avermelhados, ondas de cristais
Gaivotas com asas em planuras suaves.
E eu, ficando
Na beira das pedras, diante de mim
Somente eu
Confundia-me a salinidade da brisa marinha suave
E as minhas lágrimas de saudade de você,
Todas elas colhidas da vertente da minha alma.