À Deriva De Amor

Navego o barco da vida

num turbilhão de emoções,

depois que cortaste as amarras

que me ligavam ao teu cais.

Você meu porto seguro,

já não te avisto mais,

em meio ao escuro

e sem ver brilhar o farol

dos teus olhos.

Estou à deriva,

à deriva de amor

e nem mesmo a cor

e a beleza da flor

dão sentido ao meu verso

se estou à deriva de amor.

Náufrago em meus sentimentos,

suporto o tormento de olhar

para um horizonte vazio,

vendo tanta, tanta imensidão,

acerca-me a solidão,

arrasta-se o tempo,

sofre o coração...

Já não sei se é nostalgia

ou talvez dependência,

mas o mar que me leva

arrasta o barco

para longe do cais

e aí, aos poucos, afasto-me,

mesmo que sinta saudades

e ainda olhe para trás...

Poesia postada originalmente em 22/12/2017.

fabio fernandes
Enviado por fabio fernandes em 04/07/2018
Reeditado em 04/07/2018
Código do texto: T6381714
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