Entrei na água.

Sem medo

no mar

entrei,

no balanço

poético das

ondas

me entreguei.

Meus pés

submersos

em areia

se encontram

dispostos

para essa

odisseia

cheia de

sentidos

na veia.

Nessa corrente

marítima

de sangue

meu peito

faz o que

está ao

alcance,

acompanha

os nuances

do vento

soprando

um possível

romance.

[com liberdade

interior sem

medo

da dor,

porque tudo

sempre dói]

Os cavalos

marinhos

me despertam

carinhos

e as águas vivas

deixam minha

sensibilidade

mais macia,

beira praia

nossa intuição

é sinergia

transformando

qualquer estação

em verão.

Por fim

o Sol masculino

entra no meu

destino

e dispara um

novo ciclo,

talvez bonito

talvez doído

... mas o sentido

é vivo!

Estou inundada

estou molhada

e

sem receio

de morrer afogada,

esperando

por algum amor

livre feito o

céu

que rasgue o

seio

para amar

o mar.

Navegar

é sempre se

arriscar

mas crendo

que os

guias

sempre

irão nos

salvar.