AMOR! SENTIMENTO PROFANO?
Ardente fogo a incendiar as antigas sombras de minh’alma
A nela cantar todas suas recônditas fantasias... tão antes escondidas
A que neste instante não mais ela geme nem soluça
Arrebatada a que, pois tanto está em sua glória
Ah, sagrad’essência a quem em su’alegria então extravasa
Daquela que antes não podia voar
Ou, quem sabe, sair de si mesma
E agora vede que não é mais a mesma dos tempos de outrora:
Tão inocente... t]ao ingênua... tão tola!
D’ardente volúpia que agora a leva ao mais alto dos céus
E portanto a ele se eleva
Embora não seja aquele tão reprovado pelos mundanos hipócritas
Oh, não!
De form’alguma
A que se permite ser então roubada pelos beijos de quem ama
Até chegar ao clímax de sua carne
E assim, eis todo o seu júbilo... vede nela toda sua ledice
Ah, o amor!
Sê-lo-ia um sentimento profano?
Ao que eu digo que não
A não ser pelos que votos fizeram por então não amar
Em nome de Deus... que é amor?
Oh, ao que não assim creio
E destarte, quão miseráveis eles os são!
OS: Inspirado no belíssimo soneto “Sentidos Tão Profanos”, do talentoso e incrível poeta Judd Marriott Mendes.