Abismo

Nos amamos sobre os escombros e as ruínas

Da nossa sanidade. Já a beira do abismo

Olhamos para baixo, amedrontados e ao mesmo tempo atraídos

Receando cair mas não desejando ficar

Caiamos então, nos afoguemos, desapareçamos

E voemos depois. Nossas almas livres pelo céu

E no amor viveremos, inda que na vida morramos.