Soneto da Pele
Não esqueço o tom da pele dela,
Nem os pelos que fiz soerguer,
Era uma cútis cravo e canela
Que temperava o tesão do meu ser!
Encaixei no seu corpo, o meu tão febril,
Como ondas dum mar, fiz espumar
Num vai e vem tão lento e viril
Enquanto minha boca, a dela tentava acalmar...
Encontrei um jeito de apertar um seio
E largar a calma da boca pra sugar o outro,
Fiz tanto esforço penetrando dos lábios o meio...
Assim sempre espero, novamente anseio,
Pois não creio que receberá doutro
Tudo que em seu corpo escrevo e leio!