Braille ou Olhos fechados

Esse teu corpo com linhas tão tênues e infames,as tuas marcas tão perfeitas e únicas,da pinta delicada ao sul do teu umbigo,a cicatriz que carrega antigas dores e contorna a superfície de seu quadril e costas,formando um relevo delirante ...Fosses um mapa para leitura em braille sem saber...

Fecho então os olhos e minhas mãos tecem involuntariamente o caminho,navega entre o pescoço passando longe das orelhas (pra não causar arrepios e risos)a outra mão tão sublime,com os dedos presos a tua boca sendo sugados,enquanto o passeio deveras continua no céu do teu corpo... Desliza abocanhando o pescoço com o ar quente que a refresca e arrepia... As pálpebras trêmulas pela imagem irreal e lembranças,alcança os seios mais perfeitos em sua concepção,desliza os dedos fazendo curvar a pélvis a um ângulo peristálticos;Faz arrepios até então incompreendidos,de extrema excitação...

Passa entre as coxas macias e belas,os lábios não se aguentam a voracidade e agora já se tocam,cruzando as línguas,contorna então todo desejo de mergulho entre as pernas,faz arrepio nas partes mais deliciosas já exploradas,revira o corpo e encaixa-se de leve...

Põe-se a sentir o perfume que o persegue,e o entorpece.

Suspira,desliza nas costas segurando a mão por baixo,toca as nádegas inclinando-lhe os quadris,faz movimentos penetrantes,por entre as pernas(tira os dedos molhados leva a boca e sente o sabor) desliza então pelo teu corpo tão faceiro e quente,os olhos fechados já conhecem cada ponto... Do teu destino tão fadado ao prazer...

Aquele infame abre os olhos de repente,e já toca o seu próprio ser,sem ao menos perceber...Definha as mãos sobre o seu membro tão ereto e desliza,separados por pedras tão afiadas,ele fecha os olhos e se põe a repousar,toca os cabelos deslizando entre os dedos,curva o corpo pra sentir outro por baixo,vai encaixando-se pouco a pouco entre o teu ser e pernas,unificando-as,sente molhada aquele calor tão sereno,ouve gemidos da penumbra que o cerca,revira os olhos a pulsar-se por diante,relembra os lábios que pressionados presentem o gozo a claro instante;Quando da conta encontra o céu sem o tocar,revira num sonho tão gostoso,gemendo e caindo semi morto,tão suado...

Aquela mulher tão linda que acabou de deflorar,era sua por direito...(Despeja seu calor e líquido a revelia da sua cama fria e vazia,tão vazia) que permanece a noite molhada,mesmo de longe ele conhece o teu prazer o teu gosto teu olhar,mas dessa vez está distante e não pode a tocar,sente prazer até distante mas por orgulho se recusa a confessar... (E todas as noites antes de pegar no sono visita seu corpo em segredo fruto perfeito e inigualável) quando termina agarrasse em suas lembranças e os dois dormem profundamente sem trocar palavras...

Henry Moody
Enviado por Henry Moody em 28/06/2018
Reeditado em 28/06/2018
Código do texto: T6376544
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