Cinzas do silêncio
O meu peito ainda sangra as
dores de tua partida.
Nas horas insones tua face
atormenta minhas lembranças.
Já não sei ti, mas o tempo ainda
não apagou teus vestígios de mim.
Vagas feito um fantasma que
não encontrou repouso nos
versos dos meus poemas.
Não são apenas memórias o que
varre minhas horas de sono.
Um turbilhão de emoções
inunda minha alma e
naufraga os meus dias.
Há lágrimas no que aqui escrevo e
nas cinzas do silêncio
procuro esquecer
todo esse desassossego.