DESPEDIDA

 

Dia nublado com poucas
Nuvens no céu.
Semblante caído triste
Amargurada, tímida.
Um sorriso sem alegria
Despontou dos seus lábios
Frios esculpidos no espelho;
Minha própria sombra escurecida,
Refletia o triste retrato de mulher
Sofrida.
As pulsações das veias do seu
Pulso pulsa mais forte,
E as batidas frenéticas do
Coração diminui paulatinamente.
Igualando a sinfonia com o choro,
Seu corpo ondulado acompanhava
Em passos largos a amiga.
Os primeiros beijos, os primeiros flash,
O aroma suave da noite fria.
Olhares cruzam-se bem distantes
Dos meus: A despedida.
Morte fatal!
Faca escondida apunhalando por
Trás suas próprias amigas.
Fui traído!
Naquele dia a noite parecia curta,
Debrucei-me diante da minha estante
De livros, rasgando de raiva às fantasias da vida.
Despertei-me de um sonho falido,
Recostado num canto da sala ferido,
E você ao meu lado sussurrava baixinho
No meu ouvido: o que foi isso querido?



 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 27/06/2018
Reeditado em 10/12/2021
Código do texto: T6375324
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