Rendeiro.

choras meus óbitos, ó rendeiro

e regue-me, como teus dias felizes

cruel é a seiva do seu sombrear

e o silêncio das nossas conversas!

mas entre tantas amo loucamente

nas galhas esmeraldinas mascadas

neste corpo másculo e senil

remexendo meus sentimentos anis!

cá, sou uma andorinha errante

esperando o descanso da tarde

para dormir no seu ombro colibri!

vadio quantas vezes sois assim

num toque por razão há certa indecisão

me cercando veemente implícito!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 27/06/2018
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