Descalabro.

Ó descalabro de amor imortal

Carrego-te como linha espalhada

Costurando meus olhos perfeitos

Sobre o negro da lua carinhosa!

Tento pensar que nada existiu

Mas, tenho certeza, que eu sou sua

E que somos as líricas dum poeta

Cruzando nossas faces no poema!

Demoníaco é viver sem memória

E não tocar as ondas do oceano

Que em mim secam como sentimento!

Ó praga que desgraça de passiflora

Entre as cenas deste amor lunático

Ó poeta, tu me fazes acreditar!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 27/06/2018
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