Descalabro.
Ó descalabro de amor imortal
Carrego-te como linha espalhada
Costurando meus olhos perfeitos
Sobre o negro da lua carinhosa!
Tento pensar que nada existiu
Mas, tenho certeza, que eu sou sua
E que somos as líricas dum poeta
Cruzando nossas faces no poema!
Demoníaco é viver sem memória
E não tocar as ondas do oceano
Que em mim secam como sentimento!
Ó praga que desgraça de passiflora
Entre as cenas deste amor lunático
Ó poeta, tu me fazes acreditar!