- Uma despedida!

Sentado naquela praça florida estava lá o seu amigo,

Sabendo que havia me esquecido evitei o seu olhar.

Observei seu caminhar já não tão belo, mas, ainda excitante!

Seus cabelos ao vento de pouco brilho mostrava o inverno.

Se não estivesse sonhando um beliscão experimentei.

Recordações afloraram o meu pensar e uma alegria invadiu.

Longe, muito longe, fui buscar o nosso encontro.

Aquele sorriso e aquele brilho no olhar me recordaram

Percebi que muita agua havia rolando em baixo da ponte.

Não arriscaria me aproximar, pois um rancor ainda lembrava.

Deixou-me por tão pouco embora eu pense que muito fiz

Não digo que fora tudo bom mais àquela época o que tinha.

Baixei a cabeça no gesto de um dormir fingido para evitar.

Não acreditei na minha atitude depois de tanto esperar.

Fazia de sua presença o meu martírio e tinha certeza

Que era o que mais desejava pensar que viera me encantar.

Fiquei louco e hoje estou arrependido, não deveria ser assim.

Nada acontece sem uma causa e assim foi o meu pensamento.

Um encontro por muito esperado e uma partida sem nunca

Sem nunca ter tocado no fundo do seu coração. Não foi amor!

Lembrando as nossas juras proibidas de amor escondido

Havia uma traição platônica e disso não podemos negar.

Assim terminou a nossa aventura, será que sem rancor?

Não acredito porque quem é amigo sempre no bom ou ruim.

Quem não comete deslizes? Quem não lança palavras? Fiz.

Cansei de te importunar e aquele gesto na praça selou

Não como queria, esse que foi o meu maior querer. Confesso!

Ter você por momentos toda para mim. Azar o meu, perdi!

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LAURO PAIXÃO
Enviado por LAURO PAIXÃO em 23/06/2018
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