Ausência

Hoje eu permitirei que a saudade morra em mim

Os teus olhos agridoces me engulam de solidão

Porque nada te poderei dar, senão, está dor sem fim

Exausto me vejo na janela, e o quarto na escuridão

Ao fundo, uma melodia ao som de bandolim.

Assim, me sinto na tua lembrança e tu na minha emoção

Não te quero ter por apenas te ter, quero ir além

Porém, cada gesto, palavras, suspiros, a alma em convulsão

Então, não diz nada porque o teu silêncio me convém

Os teus abraços em outros braços enlaçaram.

Sinto que estas distante e sem uma tal essência

Eu deixarei… tu irás, e as madrugadas companhias serão

E assim, eu serei e você será… ausência!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Junho de 2018 - Cerrado goiano

Paráfrase Vinícios de Moraes

Vídeo no Canal do YouTube:

https://youtu.be/3AJmP8w97Vk

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 23/06/2018
Reeditado em 15/07/2022
Código do texto: T6372040
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