A I N D A
Ainda em meus sonhos tu despontas
em minha poesia sempre te encontro
raio de sol sempre presente a me iluminar
tempo que passa, mas não consegue apagar
te traz na brisa que afagam o meu lacrimejar
nos caminhos que passamos em nosso caminhar
no horizonte que se perde no encontro de céu e mar
Lembra das estrelas que contamos
nas madrugadas vividas em nosso amar
reluzem ainda no céu como a nos procurar
juras que trocamos a saudade me faz recordar
mal sabíamos que as nuvens iam nos ofuscar
mas a minha poesia persiste e insiste neste buscar
são linhas e entrelinhas que não se dispersam no ar
como uma boa música no tempo que insiste em ecoar
As letras surgem como revoadas de pássaros
versos que se fazem poesia como em um piscar
tempo que não passa que os sonhos insistem sonhar
bordados que sabe-se a quanto tempo se fizeram tecer
Ah! Minha poesia onde te encontro e sempre vou te colher
abelhas que no seu zumbizar de flor em flor produzem o mel
tempo que se perde sabe-se a que tempo e a vida nos faz tolher
sementes outrora germinadas há muito plantadas nos jardins do céu