AVE CORAÇÃO


Por que me oprimes tanto
Ave coração?
Não cantas mais?
Senti debaixo de suas asas,
O calor da saudade,
No empregar do teu bico,
Meu triste tormento,
E no silenciar do teu voo,
Muita solidão.

 

Ave coração grasnia teu
Hino de liberdade,
Voa veloz no meu espaço de
Mágoa mergulha no meu mar
De inquietação.
Delira em um leito da cachoeira,
E soletra o cadenciado alfabeto
Das águas e escuta teus amigos
Falarem de paixão.

 

Fui poeta para contigo levar-me
Ao auge da minha compreensão,
E delirando em meus versos,
O coração palpita e chora,
Silencia e corta o céu em que
Sobrevoas.

 

Teu céu meu infinito,
Teu infinito meu espaço,
Teu espaço meu astro,
Teu astro minha constelação,
Sua constelação meu Cruzeiro
Do Sul.



 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 19/06/2018
Reeditado em 19/12/2021
Código do texto: T6368366
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