Súplica a um violão

Não tenho um violão para compor a tua canção.

Me resta apenas e insistentemente, uma poesia cá dentro do meu coração.

Para falar do amor, da ternura e da saudade, do desassossego ou da paz, ora perdida, ora encontrada a cada abraço teu...

Pra cantar a alegria do teu olhar entrando no meu, convidando nossas vidas a um instante de beleza .

Como juntar as notas musicais e desenhar a canção para entregar a ele meu coração? Não sei...

Como dedilhar os versos teus?

Como cantar os versos que somente eu e ele entendemos no toque da pele, no sorriso ou no olhar que traduz tanta emoção?

Vai violão, por favor, não me negas não; empresta-me teu melhor tom e junta-se com meu dom pra encantar e acariciar a ele que chega todo dia a invadir a minha poesia em canção.

( madrugada do dia 19 de junho de 2018)

Fátima Arar
Enviado por Fátima Arar em 19/06/2018
Reeditado em 18/07/2020
Código do texto: T6368164
Classificação de conteúdo: seguro