Olhos de vento

O pensamento escoa

no rio feito do pranto.

Os olhos desviam-se das portas.

Na ausência das folhas mortas,

não sentes nenhuma compaixão.

Nada choras quando vês

o naufrágio das borboletas.

II

Se soubesses a direção

do vento, fugirias

no areal molhado

no meu abraço.

Não sei se ainda

estou à tua espera.

Pedro Porta
Enviado por Pedro Porta em 19/06/2018
Reeditado em 13/07/2018
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