Olhos de vento
O pensamento escoa
no rio feito do pranto.
Os olhos desviam-se das portas.
Na ausência das folhas mortas,
não sentes nenhuma compaixão.
Nada choras quando vês
o naufrágio das borboletas.
II
Se soubesses a direção
do vento, fugirias
no areal molhado
no meu abraço.
Não sei se ainda
estou à tua espera.