O ÚLTIMO SAMURAI DO OCIDENTE

Não me compreendes, meu bem, não posso

Mostrar- me em dor, tampouco fraquezas,

Sou o último samurai do Ocidente.

Chorar diante de ti baldar-me-ia esforços,

Todos eles; junto de todas minhas tristezas,

Seria enfim um samurai decadente.

És flor, desconheces a robustez do tronco.

És como todas, a delicada beleza que se mal soprada

Desfaz-se em poeira e tua melodia será ronco,

Porque não és como sou, não podes entender-me em nada.

A coragem é honra. Não sou frio nem sou iceberg,

Sou o samurai disposto a morrer por ti :

Permitas dizer-te que te quero como meu albergue

E verás o ardor com que te protegerei aqui.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 19/06/2018
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