DELÍRIO DE POETA.
Sobre o manto escuro da noite,
E os ventos fortes do verão,
Sobre a tênue luz de poucas estrelas,
Espalhadas no silêncio do véu,
Navega na dor meu coração.
Errante neste mar tempestuoso,
Sendo jogado no quebrar das ondas,
Vou navegando sem ter esperanças,
No oceano de teus meigos olhos.
Perdidamente apaixonado,
Me entrego ao delírio e a loucura,
Ao fitar a majestosa formação,
De curvas tão perigosas,
Em cada centímetro de sua beleza.
A sua doce face de anjo ledo,
Com lábios de divina tentação,
Deixando os meus, resignados peregrinos,
Na suplicante é incessante adoração,
Por um minuto de seu amor,
Por um único beijo seu,
Satisfazendo meu desejo insano.