NINGUÉM PRECISA SABER...
Detesto perder meu tempo
endereçando meus pensamentos
por longos caminhos até aportar
em nefastos locais do passado.
Normalmente são momentos que
geralmente são transformados em
lágrimas e, quando se volta à realidade
os olhos não negam a metamorfose.
Se fossem sós os olhos, mas acontece
que todo o semblante é afetado e
denunciam uma tendência de se
conformar com a própria sorte.
Decididamente não! Tenho que
disciplinar meus pensamentos para
que quando mandá-los para o passado
todo o meu ser volte feliz e inteiro.
Sim feliz, sem deixar qualquer pedaço
reconhecendo que os segundos vividos
ao seu lado forneceu ao meu tormento
um doce lenitivo afinal, ninguém precisa
saber o que houve entre nós dois...