AURORA
Atravessei o deserto escaldante que a minha pele ardia,
E naveguei por mares furiosos que a tempestade erguia...
Montes íngrimes, que meu peito a
fora gritava!
Descendo os montes, no horizonte eu avistava...
Na floresta sem fim, agora eu entrei,
Por aqui passei dez anos em desencontro, até que te encontrei.
Por campos verdes-lírios vou seguindo ufano,
A luz que brilha no horizonte ditoso soberano
E nessa jornada infinda eu avistei a luz opala,
Cheguei assim erguido...
Entregando a ti a flor do lírio-impala.
Afinal, cheguei derrotando escolhos,
Por seus lábios de rubi ardente
e pelas grandes safiras dos teus olhos.