PENSAMENTO


Penso, reflito, sinto você
Mais longe, muito longe,
Sempre longe.
Afastando a plenitude
Do teu ser, me sinto fraco,
Oprimido, calado, ressentido
E a vida não faz sentido.
Procurei encontrar-te nos meus
Sonhos, fazer parte dos meus
Planos, mas no momento passado,
Vivi senão me engano ao teu lado;
Doce plano e desfazer-se em meus
Sonhos.
Apareci no momento oportuno, soberano
Vagabundo a trilhar no seu caminho.
Veneno, dor, rosas de espinhos,
E em teus olhos o brilho divino que me embriaguei
Por si.
Entreguei-me em teus braços, mas você
Não deu-me espaço e não ocupei o meu
Lugar.
Agora sinto-me culpado como Cristo crucificado,
Resplandecendo o teu jardim.
Beijei teus lábios murmurando palavras suaves
E desfrutando do teu corpo, entrelaçamos.
E enquanto nós não se falávamos, íamos vivendo
As amarguras que sofremos, meu coração no peito
Sangrando e você do outro lado chorando.
Pediria que não fosse assim, fruto do mesmo capim,
Pedra do mesmo jardim, flor pisoteada sem cor,
Nascente vereda de amor e apagar por entre as nuvens
Nossos nomes escrito em letras de forma, e mesmo que
Forma em ABC o teu retrato mais falado, virá ser o rio
Dourado, a fonte do mal agrado, sem ter corpo para poder
Andar, sem ter espírito para pode falar, sem ter alguém
Que lhe possa amar.

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 15/06/2018
Reeditado em 13/09/2024
Código do texto: T6365107
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